Todos os domingos você pode encontrar Menonitas reunidos para adorar a Deus em cerca de 60 países ao redor do mundo. Com mais de 800.000 membros, a Igreja Menonita existe por mais de 450 anos, com uma ampla diversidade em sua forma de ser nos diferentes povos onde ela está presente.
Embora falem dezenas de línguas, milhares de comunidades locais consideram a si mesmas parte de uma única família na fé, a Igreja de Jesus Cristo.
A nossa fé
Os Menonitas creem que a Igreja é composta de pessoas que têm seus pecados perdoados e que têm escolhido seguir os ensinos de Jesus Cristo. Os Menonitas creem que os cristãos devem buscar relacionar-se com o mesmo amor que perdoa, praticado por Jesus. Aqui estão alguns destaques de sete fundamentos básicos de nossa fé.
A Bíblia é central
A igreja busca viver em obediência à Palavra de Deus – a Bíblia. Os Menonitas creem que o Espírito de Deus ou Espírito Santo nos auxilia, como comunidade de crentes a entender esta Palavra. O Espírito Santo usa a Palavra escrita para dar nova vida à Igreja e ajudar as pessoas a crescerem na fé.
Nova vida em Cristo
Porque somos humanos, todos nós pecamos; cometemos erros, não fazemos o que deveríamos, e por isso nos colocamos distantes de Deus. Em um momento da história, Deus enviou Jesus Cristo ao mundo, para que todo aquele que Nele crê possa receber perdão por todos os seus pecados, assim como uma vida com real significado e propósito e, ainda, a promessa de vida eterna com Deus. Participar regularmente de uma Igreja dá aos cristãos a oportunidade de responder a Deus com louvor e gratidão e fortalecer-se para uma vida com Cristo todos os dias.
Membresia voluntária e compromisso com Cristo
Uma Igreja é forte quando seus membros experimentam o amor de Deus e são, de todo coração, comprometidos com os seus propósitos. Por esta razão, e por crer que assim nos ensinam as Escrituras, o “batismo do crente” é praticado para simbolizar a decisão do adulto de publicamente declarar-se um discípulo de Jesus Cristo. No batismo, o cristão demonstra seu desejo de compartilhar as Boas Novas de Jesus por palavras e ações.
Alcançando o mundo
Jesus Cristo disse:
Assim como o Pai me enviou, eu vos envio
Ele nos envia a anunciar as “Boas Novas” a todas as pessoas ao redor do mundo, de toda tribo, língua e nação.
Dependendo uns dos outros
Em Cristo, mesmo que sendo muitos, formamos um só corpo, necessitando uns dos outros (Rm 12, 5). Nós precisamos uns dos outros para encorajamento, crescimento e ajuda em tempos de crise. A Igreja cresce em fé, unidade, serviço e testemunho quando é uma comunidade de cuidado e amor.
Vivendo pacificamente
Como discípulos de Jesus, os Menonitas buscam viver de acordo com os princípios por eles ensinados. Uma destas formas é amar os inimigos, vivendo pacificamente, servindo aos que estiverem em necessidade e assumindo riscos, se necessário, para trabalhar pela justiça e misericórdia.
Ajudando uns aos outros
Como membros do Corpo de Cristo, os Menonitas buscam cuidar das necessidades espirituais, emocionais e físicas de seus membros. Esta ajuda mútua pode acontecer de várias formas, incluindo a dedicação de tempo e ajuda financeira em tempos de crise e necessidade.
Por que este nome?

Os Menonitas receberam este nome pela identificação com um de seus líderes pioneiros, um holandês chamado Menno Simons, que viveu de 1496 a 1561. Era um seguidor de Cristo, assim também os Menonitas seguem a Cristo e não a Menno.
A família se forma
Este movimento teve início no século XVI, em meio à Reforma Protestante na Europa. Um pequeno grupo de crentes considerou que os reformadores Lutero e Zwinglio não tinham ido longe o suficiente em suas propostas. Conrad Grebel liderou este grupo em uma tentativa de recuperar o que criam ser o verdadeiro Cristianismo, ao batizarem-se uns aos outros, e professar sua fé em Jesus Cristo em Zurique, Suíça, em janeiro de 1525.
Os crentes enfrentam perseguição e morte
Movidos pela sua fé, começaram a levar adiante a mensagem que lhes queimava o coração. O movimento rapidamente se espalhou para o sul da Alemanha e Países Baixos. As Igrejas oficiais imediatamente se opuseram a este movimento e começaram a ridicularizar o grupo, chamando-os de “Anabatistas” que literalmente significa re-batizadores. O Estado não podia tolerar esta mudança, pois em essência isto desafiava a igreja regida pelo próprio Estado, apesar da forte argumentação bíblica que sustentava a posição defendida por este grupo. Em pouco tempo, muitos líderes Anabatistas foram martirizados. Outros milhares sofreram mortes horrendas pelas mãos de seus perseguidores, por duas gerações.
A fé cresce e se espalha
50 anos de perseguição tiveram um alto preço. Os pequenos grupos viviam sem direito de possuir propriedades ou de reunirem-se publicamente para adoração. Mudaram-se para diferentes lugares, inclusive para a Rússia e América do Norte, buscando a liberdade de expressão de sua fé. Em cerca de 450 anos de história, os Menonitas sempre têm experimentado algum tipo de perseguição em algum lugar do mundo.
A família se forma no Brasil
Foi novamente por motivo de perseguição religiosa gerada pela revolução que formou a extinta União Soviética, que os primeiros Menonitas vieram ao Brasil, imigrando principalmente da Rússia. Aqui, a partir dos anos 30, estes pioneiros puderam recomeçar suas vidas e iniciaram a formação da família Menonita no Brasil.